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PROGRAMAÇÃO
2025
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CCBB Belo Horizonte apresenta a ocupação "Trilogia Matriarcas", em homenagem a Helena Theodoro, primeira doutora negra em filosofia do Brasil

Programação reúne espetáculos, exposição, música, cinema, debate e oficina,
celebrando a cultura afro-brasileira

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📅PROGRAMAÇÃO COMPLETA | CCBB BELO HORIZONTE

Espetáculos – Teatro II
Mãe Preta | 25/04 a 24/05, sextas e sábados, às 19h | 12 anos
Mãe de Santo | 27/04 a 25/05, domingos, às 19h | 12 anos
Mãe Baiana | 28/04 a 26/05, segundas, às 19h | 12 anos

Música – Teatro I
Fabiana Cozza (voz e violão)
23/04, quarta-feira, das 19h às 20h | Livre

Exposição – Foyer do Teatro II
Baobá de Memórias – Uma Homenagem a Léa Garcia
23/04 a 26/05, de quarta a segunda, das 10h às 22h | Livre

Cinema – Teatro II
Mãe Baiana – O Filme
30/04 a 22/05, quartas e quintas, às 15h | 12 anos

Debate – Teatro II
“Encontro de Gerações: Mulheres Negras no Cinema”. com Helena Theodoro, Elaine do Carmo e Adélia Sampaio
26/04, sábado, das 11h às 13h | Livre

Palestra/Oficina – Teatro I
“Princípio Feminino nas Filosofias Africanas”, com Helena Theodoro
28/04, segunda-feira, das 11h às 13h | Livre

🎟 RETIRE AQUI SEU INGRESSO:

https://ingressos.ccbb.com.br/multilinguagem-trilogia-matriarcas-da-obra-de-helena-theodoro__2294

Belo Horizonte, abril de 2025 – O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) recebe, a partir de 23 de abril, a ocupação "Trilogia Matriarcas", uma homenagem à vida e obra de Helena Theodoro, primeira doutora preta do Brasil. A programação celebra os 80 anos de sua trajetória, marcada pela defesa da cultura afro-brasileira e pelo enfrentamento ao racismo estrutural. Com uma agenda que inclui teatro, exposição, debate, cinema e música, o evento oferece ao público uma imersão no legado multifacetado da ativista. O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Banco do Brasil e Banco BV, com patrocínio do Banco do Brasil e Banco BV, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.

 

Trilogia Matriarcas - Mãe Preta, Mãe de Santo e Mãe Baiana

A programação é ancorada nos espetáculos da “Trilogia Matriarcas", composta por três peças teatrais inspiradas nas vivências de Helena Theodoro e em histórias de mulheres negras que enfrentaram desafios e transformaram suas realidades.

"Mãe Preta", em cartaz a partir de 25 de abril, tem direção de Lucelia Sergio, texto de Valesca Lins e Lucelia Sergio e argumento de Helena Theodoro. A obra traz à cena a trajetória de uma mulher negra que, após enfrentar perdas irreparáveis, encontra na ancestralidade e nos afetos familiares a força para reconstruir sua vida. Inspirada na história pessoal de Helena, a peça propõe um olhar sensível e necessário para as vivências de mulheres negras, celebrando sua humanidade, resiliência e capacidade de transformação.

No enredo, uma mãe lida com o luto pela perda do filho caçula, em um processo de cura marcado pelo enfrentamento das dores íntimas e das imposições sociais. “‘Mãe Preta’ é um convite para que o povo enxergue a força da mulher negra em sua plenitude, para além das dores e dos papéis que a sociedade lhe impõe”, destaca a diretora Lucelia Sergio. A montagem valoriza ainda a potência dessa mulher como pilar de sua comunidade, reafirmando sua capacidade de reinvenção, como expressa Helena Theodoro em uma das revelações presentes no texto: “Foi após a morte do meu filho Brício que, ao chegar no fundo do poço, tive que me reerguer e reencontrar a Helena Theodoro que hoje todos conhecem.”

O elenco reúne as atrizes Luiza Loroza, Tatiana Henrique e Teca Pereira, em atuações intensas e emocionantes. A proposta estética do espetáculo combina elementos da cultura afro-brasileira, com cenografia de Anderson Dias, figurino de Nilo Mendes, trilha sonora de Dani Nega e iluminação de Anderson Ratto, criando um ambiente sensível e vibrante.

Já "Mãe de Santo", que estreia dia 27 de abril, foi escrita a partir de textos e relatos de Helena Theodoro, com dramaturgia de Renata Mizrahi, direção de Luiz Antônio Pilar, e com a premiada atriz Vilma Melo no papel principal. A obra reflete sobre os muitos papéis desempenhados por mulheres negras ao longo da vida, evocando questões de ancestralidade e espiritualidade, e traz um posicionamento firme e de orgulho das histórias contadas e passadas por gerações. “Esse espetáculo é a expressão da minha felicidade e do meu compromisso com nossa ancestralidade. Um projeto que nasceu em 2018, após a descoberta do Alzheimer da minha avó materna Maria (que é mãe de santo) e da reconexão com a minha fé, que me permitiu vislumbrar esta montagem, trazendo à cena histórias de tantas mulheres que admiro, que me inspiram e me orientam”, revela o idealizador, produtor e diretor da Palavra Z, Bruno Mariozz.

E em "Mãe Baiana", com dramaturgia de Renata Andrade e Thais Pontes, Luiza Loroza e Teca Pereira são neta e avó em uma relação de memória afetiva e luto. No enredo, a avó lida com a perda de um filho, fato que Helena Theodoro viveu quando seu menino de quatro anos morreu afogado. Embora a premissa seja marcada por tristeza, a obra retrata a dor com sensibilidade e também com a serenidade sobre a diferente compreensão do luto em uma jovem mulher e sua avó octogenária.

“Um conflito que não significa necessariamente violência ou brigas, mas as diferenças de ideias de tempos que já passaram. São dois mundos diferentes que hoje estão no mesmo espaço”, analisa o diretor Luiz Antonio Pilar, que fala também sobre a perspectiva racial da montagem. “Me ressinto com a dramaturgia nacional que quando vai falar do negro, principalmente o urbano, é sempre no conflito da violência. A questão nunca é contraditória ou está na diferença de perspectiva. É sempre no jovem negro matando ou morrendo, da família desconstruída, da falta de afeto. Em ‘Mãe baiana’ o conflito está inserido numa sociedade cotidiana e na família geracional, constituída por mulheres, convivendo no mesmo espaço”, explica.

Ao destacar o legado de Helena Theodoro, o Centro Cultural Banco do Brasil celebra a história de resistência e sabedoria da cultura afro-brasileira, oferecendo ao público uma experiência enriquecedora que conecta arte, conhecimento e transformação social. Essa iniciativa fortalece o papel do CCBB como um espaço de valorização e celebração das múltiplas vozes que compõem a identidade cultural brasileira.

Show de abertura com Fabiana Cozza

No dia 23 de abril, às 19h, para abrir a ocupação “Trilogia Matriarcas”, o CCBB BH recebe Fabiana Cozza, cantora negra-mestiça, professora, pesquisadora e poeta. A artista, que tem 25 anos de carreira, nove álbuns, três DVDs, um livro de poemas e dois títulos pelo Prêmio da Música Brasileira, canta sua ancestralidade e seu samba para dar boas-vindas ao projeto.

Exposição "Baobá de Memórias - Uma Homenagem a Léa Garcia" e cinema

Além dos espetáculos, a exposição "Baobá de Memórias - uma homenagem à Léa Garcia" presta tributo à atriz em seu último trabalho, a versão audiovisual de “Mãe Baiana”, também dirigida por Luiz Antônio Pilar. O público poderá conferir fotos de cena e bastidores, áudios, figurinos da peça e uma grande estante de referências de livros de pessoas pretas, especialmente mulheres. Na mostra, há um labirinto de turbantes e um grande baobá com mais de 300 flores pendulares. A programação ainda conta com a exibição do filme “Mãe Baiana”, às quartas e quintas, de 30 de abril a 22 de maio, sempre às 15h.

Debate e Oficina

A ocupação em homenagem à Helena Theodoro inclui também um debate especial e uma oficina. No dia 26 de abril, às 11h, será realizado um debate, com participação de Helena Theodoro, Eliane do Carmo e Adélia Sampaio. E no dia 28 de abril, às 11h, a filósofa ministra a palestra/oficina “Princípio Feminino nas Filosofias Africanas”, trazendo para o público sua trajetória de estudos e vivência das tradições afro-brasileiras.

Para Helena Theodoro, essa ocupação representa uma verdadeira celebração da filosofia africana e da mulher negra: "Estou profundamente feliz e honrada com essa ocupação no CCBB. Para mim, essa é uma oportunidade incrível de celebrar e difundir a filosofia africana, especialmente por meio de espetáculos que exaltam as múltiplas dimensões da mulher: política, sagrada e secreta. Essas diferentes facetas coexistem em uma única mulher, e isso reflete a visão africana de que a mulher não se limita a um papel preestabelecido. Ela pode ser política, espiritual, e desempenhar muitas outras funções. Além disso, o que mais me emociona é a possibilidade de usar o palco para compartilhar essa visão do feminino como uma força vital, capaz de gerar, expandir e conectar gerações”, ressalta.

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Estreia Nacional NOSSO LUGAR

Espetáculo musical NOSSO LUGAR, escrito e protagonizado por uma atriz e
cantora deficiente visual, Sara Bentes estreia em 2025 no Brasil

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A montagem inédita do musical NOSSO LUGAR, da autora Sara Bentes e composições de Luan Richard com direção de Luiza Loroza e Carol Futuro. O espetáculo é sobre o lugar de fala, nosso lugar enquanto artistas criadores, sobre nosso lugar dentro de nossa própria essência, nosso lugar no protagonismo da nossa vida, o lugar onde somos autênticos, sem amarras, estigmas e julgamento, nosso lugar de plenitude e de encontro com o outro, esse lugar que será sempre o amor. A peça escrita e interpretada pela atriz Sara Bentes (artista cega) e o ator Kiko do Valle (ator vidente), tem como sua premissa "O amor nos empodera para a busca da liberdade e de nosso lugar no mundo". Lorena encontrou Miguel em um sonho, e desde então se encontram todas as noites em sonhos, o único ambiente em que ela se sente livre e onde tudo é possível, inclusive enxergar. Lorena é cega, e vive uma vida sufocante que os outros planejaram para garantir sua proteção. Mas agora, com a presença luminosa de Miguel em suas noites, ela enxerga a necessidade de escrever sua própria história. Mas como ela vai se libertar da prisão que ajudou a construir em torno de si, ela ainda não sabe. E se Miguel é real ou apenas uma projeção de seu inconsciente, ela também não sabe. Tudo o que sabe é que sente um amor real e crescente, que a fortalece e encoraja a abrir a porta para a vida e encontrar seu lugar no mundo. Música, dança e circo conduzem essa história surpreendente de amor e de tantas nuances que colorem a complexa teia de emoções, conscientes e inconscientes, de qualquer ser humano. 

📅SERVIÇO:

EM BREVE

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AQUELE FILME ANTES DA PARTIDA​

Estreia Internacional na Mostra de Teatro Brasil no Chapitô, em Lisboa - Portugal

Criado em 2019 durante a graduação em Atuação Cênica na UNIRIO, o espetáculo Aquele Último Filme Antes da Partida, idealizado, dirigido e interpretado por Luan Vieira, emerge como resultado de um processo de pesquisa artístico-afetiva. A obra nasce da necessidade de resgatar memórias pessoais e coletivas da cidade de Três Rios (RJ), onde o artista cresceu, e do desejo de refletir sobre as formas de afeto e repressão vividas em ambientes interioranos marcados por estruturas conservadoras e silenciadoras.


O processo criativo partiu de um laboratório autobiográfico, com estímulos corporais e vocais fundamentados no Teatro Pobre de Jerzy Grotowski e nas técnicas de imaginação ativa de Michael Tchekhov. O trabalho foi orientado ainda pelos estudos sobre o espectador emancipado, proposto por Jacques Rancière, e pela pesquisa em atuação e dramaturgia da Cia Cortejo de Teatro, liderada por Rodrigo Portella, referência fundamental na trajetória artística do proponente.


A dramaturgia, escrita por Luan Vieira, foi concebida como um monólogo-fábula, em que o personagem Caleb – um carteiro que se apaixona por Josué, um militar – narra e revive os acontecimentos de uma relação homoafetiva silenciada pelo moralismo de uma cidade onde "tudo se vê, mas pouco se diz". Com linguagem poética, fragmentada e evocativa, a peça convoca o espectador a preencher os vazios do espaço e do tempo com sua própria imaginação. Não há cenário; apenas o ator, seu corpo e a palavra – compondo uma experiência teatral intimista e potente.


O espetáculo foi reconhecido no Festival Universitário de Teatro (FESTU) com os prêmios de Melhor Texto, Melhor Ator e Melhor Direção de Movimento, concedidos por um júri formado por Miguel Falabella, Deborah Colker e Roberta Rodrigues. Desde então, circulou por espaços independentes, universidades e festivais, construindo uma trajetória sólida, sobretudo junto a públicos jovens e LGBTQIAPN+.


O projeto irá estrear na II Mostra de Teatro do Brasil no Chapitô, em Lisboa (Portugal), com apresentações nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2025. O evento celebra a criação teatral brasileira em um dos espaços mais relevantes da cena cultural portuguesa, promovendo o intercâmbio entre artistas dos países de língua portuguesa.

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SERVIÇO:

Dias 14, 15 e 16 de novembro de 2025

Horário: 21h

Local: Chapitô - Lisboa - Portugal

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